Oito mortos em dois ataque armados na cidade equatoriana de Guayaquil
Oito pessoas morreram nesta terça-feira (10) no Equador em dois ataques armados em Guayaquil, uma das cidades mais violentas do país, onde gangues criminosas disputam rotas para o tráfico de drogas, informou a polícia.
Os crimes ocorreram em meio ao estado de exceção em sete das 24 províncias do país, incluindo Guayas, cuja capital é Guayaquil (sudoeste). A medida foi prorrogada nesta terça-feira por mais 30 dias devido ao aumento da violência.
Entre janeiro e abril, o Equador registrou 3.084 homicídios, segundo dados oficiais. Especialistas consideram este o início de ano mais violento que o país já vivenciou, com um assassinato por hora.
Os oito mortos tinham "ferimentos causados por arma de fogo", informou a polícia em um comunicado.
A força policial informou à AFP que os eventos ocorreram em dois bairros no norte de Guayaquil. Cinco pessoas morreram no bairro Bastión Popular e três em Mucho Lote.
As províncias de Guayas, Los Ríos, Manabí, Orellana, Santa Elena, El Oro, Sucumbíos e a cidade de Quito, capital de Pichincha, foram declaradas em estado de exceção em 12 de abril, véspera do segundo turno das eleições em que o presidente Daniel Noboa foi reeleito.
O presidente prorrogou a medida, argumentando que "é necessário continuar com uma resposta urgente, eficiente e extraordinária" para conter a violência imposta por gangues criminosas ligadas ao tráfico de drogas e também envolvidas em sequestros e extorsões.
Os grupos criminosos "buscam superar as táticas operacionais dos órgãos de segurança, ou seja, estão em constante evolução de seu modus operandi", afirma o decreto assinado pelo presidente nesta terça-feira.
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