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Campos Neto, sobre IOF: é um imposto que, no longo prazo, restringe o lucro de capital

São Paulo

10/06/2025 13h40

O ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto criticou a condução da política fiscal adotada pelo governo federal nesta terça-feira, 10, e utilizou a alta decretada no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como exemplo. "É um imposto que, no longo prazo, restringe o lucro de capital", disse durante evento da holding financeira B.Side, na capital paulista.

"Vejo muito nesse governo a tendência de achar que inflação é um problema de oferta e crescimento é um problema de demanda. Na verdade, é exatamente o contrário. Tem que gerar oferta para poder ter crescimento sustentável", disse Campos Neto. "O IOF é um imposto que, a longo prazo, restringe o lucro de capital. Porque se vou investir num lugar e fico com incerteza, se na hora de sair eu vou ter que pagar uma taxa, não vou investir."

Nesse sentido, o ex-presidente destacou os Emirados Árabes como um dos locais de maior atração de capital no mundo. Segundo ele, a política fiscal adotada no País é justamente o contrário da estabelecida pelo Brasil no atual governo.

"Temos que dar estabilidade para quem quer entrar, e de pode sair a hora que quiser", continuou o ex-presidente do BC. "Penso que a reinvenção vem pelo lado privado (...) E volto a uma frase que eu sempre dizia no ado: 'o problema é que a gente ficou muitos anos tentando achar soluções públicas para problemas privados, porque a gente precisa achar solução privada para o problema público'."

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