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Há 25 anos Gustavo Kuerten entrava no olimpo de Roland Garros

08/06/2025 10h28

A edição 2025 do tradicional torneio de tênis de Roland Garros chega ao final neste domingo (8). Nos dias que antecederam a grande decisão, Gustavo Kuerten, tricampeão do Grand Slam francês, relembrou os melhores momentos que viveu no saibro das quadras de Paris.

O ex-número 1 do mundo esteve no complexo de quadras de tênis para participar de um evento de uma cervejaria na semana ada, quando também conversou com exclusividade com a RFI e relembrou de momentos marcantes de sua vitoriosa carreira no tênis profissional.

Na próxima quarta-feira (11), o segundo título de Guga em Roland Garros completa 25 anos. A disputa final da edição do ano 2000 do Grand Slam entre Gustavo Kuerten, então número 5 do mundo, e o sueco Magnus Norman, terceiro do ranking na época, foi uma das mais difíceis e dramáticas da carreira do brasileiro.

A vitória por três sets a um, com parciais de 6/2, 6/3, 2/6 e 7/6, depois de três horas e 43 minutos de partida, continua viva na memória do tricampeão de Roland Garros. Guga recorda o momento que achou que o jogo tinha terminado, mas que precisou continuar em quadra.

 

"Quanto ao bicampeonato, eu já começo a flutuar nos 11 match points contra o (Magnus) Norman. Foi uma partida interminável! Eu já imaginava o título na minha cabeça, já me via erguendo o troféu, já no vestiário... Até que, de repente, o juiz desce para a quadra e diz que foi ponto do sueco e eu tive de voltar para a quadra. Puxa, meu Deus do céu, será?", conta Guga.

O lance aconteceu no quarto set quando ele vencia por cinco games a quatro e tinha 40 a 15 na partida, faltando, naquele momento, apenas um ponto para conquistar o título.

"Vencer pela segunda vez, no meu caso, foi incrível, pois a primeira foi completamente fora da curva, algo que não acontece. Foi uma tarefa difícil a ser alcançada, até me arrisco a dizer que foi mais delicada do que eu ter me transformado depois em número 1 do mundo. Então, aquele ponto foi custoso. Demorou mais ou menos uns 50 minutos desde o primeiro match point até o último. Mas, também, quando é mais salgado, fica mais saboroso, né?", brinca Kuerten, que demonstrou muita alegria de poder retornar ao local do bicampeonato e celebrar mais uma vez.

Guga no coração dos ses

Guga, que até hoje recebe o carinho da torcida sa, disse que já voltou a Paris algumas vezes desde que se aposentou do tênis profissional, em 2008.

"Sempre é algo especial nos anos que têm essas contagens, como acontece este ano que faz 25 anos do bicampeonato. Sempre é uma ocasião específica", celebra o ex-número 1 do ranking.

O maior tenista masculino da história do Brasil também recordou a conquista do título de 2001 em Roland Garros e um gesto que ficou eternizado, simbolizando o carinho e a paixão pelo tênis.

 

 

 

"A gente trouxe a ideia do coração. Inclusive, agora, entregamos um presente para a Federação sa, que é uma maquete com o coração desenhado. Ficou linda! Então tudo isso, claro, me remete muito mais à emoção e àquele maior momento da minha carreira, que uniu sentimentos dentro da quadra. Mas no dia da final, na partida com Michael Russell, eu desenhar aquele coração foi algo que me levou nas nuvens. Parecia que eu estava flutuado e jogando tênis, o que ficou muito fácil quando se é carregado pelas pessoas, pela torcida", relata o atleta.

Não só o Guga ficou nas nuvens, mas toda a torcida brasileira, que jamais esquece o coração que o catarinense desenhou com sua raquete no saibro de Roland Garros.

 

 

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