98 anos de prisão: veja vídeo do momento da condenação de Paulo Cupertino
Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos pela morte de Rafael Miguel e os pais do ator após dois dias de julgamento realizado no fórum criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
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O que aconteceu
Condenação foi lida na faixa das 20h após horas de julgamento. Os sete jurados — quatro homens e três mulheres — votaram a favor da condenação.
Paulo acompanhou o debate dos advogados, mas não ficou para ouvir a sentença.
Os familiares de Rafael comemoram e aplaudiram a decisão. Logo após o anúncio, apenas a família das vítimas permaneceu no plenário.
Os outros dois réus, Eduardo José Machado e Wanderley Antunes, acusados de terem ajudado na fuga do empresário, foram absolvidos.
O que diz o MP
Thiago Marin e Rogério Zagallo, promotores do MP, representaram a acusação. Durante interrogatório realizado ontem, Paulo Cupertino os desafiou a provarem que ele era o responsável pelos homicídios.
MP alega que Paulo tinha posse legal de arma do mesmo calibre utilizada para cometer o crime. Segundo eles, laudos apontam que a munição corresponde foi encontrada em escritório de Cupertino.
Por que uma testemunha precisaria fugir, buscar documentos falsos e contratar um advogado criminalista se não é culpado?
Rogério Zagallo, do MP
Irmão de Cupertino afirmou que Paulo apresentou motivo para matar a família. Joel Cupertino disse, em depoimento, que Paulo estava "no veneno" após o pais de Rafael Miguel terem incentivado Isabela Tibcherani a fazer um suposto teste como atriz para uma produção.
Joel 'sumiu' com imagens de câmera presente no local, segundo o MP. Pessoas próximas a ele afirmaram em depoimento que apenas Joel tinha o às imagens.
Acusação também mostrou conversas entre Paulo Cupertino e Wanderley Antunes via WhatsApp. Wanderley, assim como Eduardo Machado, são réus no mesmo processo acusados de colaborarem durante a fulga do suspeito de assassinato.
O que diz a defesa de Cupertino
A defesa, liderada pela advogada Mirian Nunes Souza, segue defendendo a tese de que Paulo Cupertino não cometeu crimes. Ela afirma que as provas apresentadas não são consistentes para uma condenação.
Advogada afirma que não foi realizado exame de corpo e delito logo após o crime. Dessa forma, a defesa de Paulo teria sido prejudicada por esta "inconsistência processual".
As testemunhas não viram o crime e são consideradas oculares. Elas dizem ter escutado os tiros, mas não viram nada
Mirian Nunes Souza, advogada de Cupertino
Defesa mostrou vídeo de Isabela Tibcherani em podcast. Tese apresentou que a jovem "ganhou fama" com o caso — citando comentários realizados em redes sociais. "Quer dizer que ela estava em paz enquanto Paulo estava foragido? Mas esse pai não é considerado perigoso?", questionou a defesa ao analisar uma fala de Isabela.
Advogadas leram cartas de familiares de Cupertino, que estava visivelmente emocionado durante o ato. Uma sobrinha destacou, segundo o documento, que o tio era "amável" e "amava pessoas, animais e a natureza".
Defesa argumentou que Paulo fugiu pela insegurança e criticou ampla cobertura da imprensa. Durante o julgamento, foram apresentadas notícias que acusavam Paulo Cupertino de cometer crimes que não foram comprovados.