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Vivi Noronha conta bastidores da prisão de MC Poze: 'Tudo muito agressivo'

MC Poze do Rodo foi preso em casa, no dia 29 de maio  - Reprodução/Polícia Civil
MC Poze do Rodo foi preso em casa, no dia 29 de maio Imagem: Reprodução/Polícia Civil
do UOL

De Splash, em São Paulo

31/05/2025 19h20

Viviane Noronha, esposa de MC Poze do Rodo, contou detalhes da prisão do marido, no dia 28 de maio, em casa, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

Influenciadora classificou a abordagem da Polícia Civil como "completamente desrespeitosa". Ela afirmou que a abordagem aconteceu por volta das 5h.

Minha filha, deitada na cama, não pude nem pegá-la no colo. Eles não deixaram. Assustada, assustadíssima com a forma como entraram na nossa casa, no nosso quarto, enquanto dormíamos. Somos uma família comum, que trabalha, viaja, se diverte.

Ela disse que o marido estava jogando videogame quando os policiais chegaram até o local. "Já entraram direto, subiram até o terceiro andar. O Marlon estava jogando videogame, e quando foi descer já tinha polícia dentro de casa. Foi tudo muito agressivo", completou.

MC Poze do Rodo pede habeas corpus

 MC Poze do Rodo - Agnews - Agnews
MC Poze do Rodo está preso desde o dia 29 de maio
Imagem: Agnews

Defesa de MC Poze do Rodo protocolou um habeas corpus, na Justiça do Rio de Janeiro, em que pede a liberdade do funkeiro. O artista, que foi preso temporariamente no dia 29 de maio, é investigado por suposta apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho.

Defesa argumenta que a prisão é ilegal e desproporcional, configurando uma violação à liberdade de expressão. O pedido destaca que as manifestações artísticas do músico, que retratam a realidade vivida em comunidades historicamente marginalizadas, são protegidas e não configuram incitação direta a crimes.

A ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro é seletiva e evidencia a perseguição à arte periférica. Fosse o paciente um artista 'do asfalto', certamente a prisão não ocorreria. O paciente não ultraou os limites da Liberdade de Expressão, uma vez que ele canta a realidade dos morros cariocas.

Segundo a equipe jurídica, o cantor foi algemado mesmo tendo sido preso pacificamente em casa, sem oferecer resistência ou representar risco de fuga ou ameaça à equipe policial. O uso de algemas, neste contexto, teria tido "claro intuito vexatório e midiático", em violação à Súmula Vinculante nº 11 do STF.

Pedido ainda não foi analisado pela Justiça do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada a Splash pela assessoria de imprensa do Tribunal.

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