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Ataques de Israel a Gaza são genocídio e vingança, diz Lula

Assentamento israelense de Psagot, na Cisjordânia ocupada - Zain JAAFAR / AFP
Assentamento israelense de Psagot, na Cisjordânia ocupada Imagem: Zain JAAFAR / AFP
do UOL

Do UOL, no Rio

01/06/2025 13h56

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente Israel pelos ataques à Faixa de Gaza, classificando a guerra de "genocídio" e "vingança". Ele também leu na íntegra, em discurso na convenção nacional do PSB, uma nota do Itamaraty condenando os novos assentamentos israelenses na Cisjordânia.

O que aconteceu

Itamaraty publicou nota contra Israel lida pelo presidente Lula em evento hoje pela manhã. O governo brasileiro condenou o anúncio de Israel de promover novos assentamentos na Cisjordânia.

Presidente voltou a dizer que guerra é, na verdade, um genocídio promovido por Israel. Ao comentar a posição do Itamaraty quanto ao conflito no Oriente Médio, Lula destacou a morte de crianças e mulheres inocentes.

Essa guerra nem o povo judeu quer. A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. É uma vingança de um governo contra à possibilidade de criação do Estado Palestino. O que estamos vendo não é guerra de dois exércitos. É um exército totalmente profissional matando mulheres e crianças na faixa de Gaza. Não é uma guerra, é um genocídio.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente

"Flagrante ilegalidade". De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a decisão constitui "flagrante ilegalidade perante o direito internacional" e contraria parecer da Corte Internacional de Justiça de julho do ano ado.

O documento considerou que a presença contínua de Israel em território palestino é ilícita. "O Estado de Israel tem a obrigação de colocar fim à sua presença ilegal nos Territórios Palestinos ocupados o mais rápido possível", afirmou o juiz na ocasião.

Para o governo, Israel compromete solução de dois estados. "O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados", afirma o Itamaraty.

Brasil defende criação de estado palestino. O território palestino é composto pela Faixa de Gaza e a Cisjordânia, e tem sido diminuído ao longo dos anos pela ocupação e o avanço de Israel sobre a região. O Brasil defende a criação de um estado palestino nas fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental.

Estado judaico na Cisjordânia. Nesta ofensiva, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou na última sexta-feira que será construído um "Estado judaico israelense" na região ocupada da Cisjordânia. A declaração aconteceu um dia após o anúncio da criação de novos assentamentos em território palestino.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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