Papa Leão 14 faz apelo pela "razão" a Israel e Irã
Papa Leão 14 faz apelo pela "razão" a Israel e Irã - Em seu discurso mais contundente pela paz em um mês de papado, pontífice leu recado para que líderes dos dois países se abram ao diálogo, em meio a ataques israelenses e retaliações por parte do país persa.O Papa Leão 14 fez um apelo neste sábado (14/06) para que as autoridades do Irã e de Israel ajam com "razão" após ataques aéreos entre os dois países matarem dezenas e enviarem civis para abrigos, e pediu que busquem o diálogo.
Leão, em um dos pedidos de paz mais fortes até o momento em seu papado de cinco semanas, disse a uma plateia na Basílica de São Pedro que acompanhava a situação com "grande preocupação".
"Em um momento tão delicado, desejo fortemente renovar um apelo à responsabilidade e à razão", disse o papa.
"O compromisso de construir um mundo mais seguro, livre da ameaça nuclear, deve ser buscado por meio de encontros respeitosos e diálogo sincero para construir uma paz duradoura, fundada na justiça, na fraternidade e no bem comum", afirmou.
"Ninguém jamais deve ameaçar a existência do outro", disse o pontífice. "É dever de todos os países apoiar a causa da paz, abrindo caminhos de reconciliação e promovendo soluções que garantam segurança e dignidade para todos."
Líderes reagem à ofensiva
O ataque de Israel contra o Irã e seu programa nuclear, que deixou ao menos 78 mortos e centenas de feridos, gerou uma onda de reações de líderes políticos ao redor do mundo, que, em sua maioria, pediram cautela e defenderam uma desescalada das tensões.
O Irã, que nega que suas atividades de enriquecimento de urânio façam parte de um programa secreto de armas, retaliou com mísseis contra Israel, matando pelo menos três pessoas e ferindo dezenas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o maior aliado de Israel, afirmou que o ataque contra o Irã foi "excelente" e que "há muito mais por vir".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a situação como "profundamente alarmante".
O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou "a todas as partes que exerçam a máxima contenção e reduzam a tensão" e "evitem colocar em risco a estabilidade de toda a região", em publicação no X, mas defendeu o direito de Israel de "garantir sua segurança", afirmou.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que o governo pediu a "todas as partes que recuem e reduzam as tensões com urgência".
"A escalada não serve a ninguém na região. A estabilidade no Oriente Médio deve ser a prioridade e estamos envolvendo os parceiros com esse fim. Agora é a hora de moderação, calma e retorno à diplomacia".
sf (Reuters, ots)