Trump proíbe a entrada de cidadãos de 12 países nos EUA

Donald Trump anunciou ontem a proibição da entrada nos EUA de cidadãos de 12 países, quase todos da África ou do Oriente Médio: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
Outros sete países sofrerão restrições mais rigorosas: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela. A medida entra em vigor na segunda-feira.
"Devo agir para proteger a segurança e o interesse nacional dos Estados Unidos e de seu povo", disse Trump.
A iniciativa foi criticada por entidades de defesa dos direitos humanos. "É discriminatória, racista e absolutamente cruel", postou a Anistia Internacional dos EUA nas redes sociais.
"Ao mirar pessoas com base em sua nacionalidade, essa proibição apenas dissemina desinformação e ódio."
O presidente americano também anunciou a suspensão da entrada de novos estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard.
Lula pede a Macron ratificação do acordo Mercosul-União Europeia
Lula defendeu hoje em Paris, ao lado do presidente Emmanuel Macron, a ratificação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
"Abra o seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo (...) esta é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e do protecionismo tarifário", afirmou Lula, dirigindo-se ao presidente francês.
Macron respondeu dizendo que o acordo é bom para vários setores, mas traz riscos para o setor agrícola europeu. "Os países do Mercosul não estão no mesmo nível de regulamentação, é uma discrepância na regulamentação. Devemos melhorar esse acordo, com cláusulas de garantias e medidas de salvaguarda", disse Macron.
"Queremos mais comércio, mas devemos respeitar nossos agricultores e a coerência das nossas ambições, senão de nada vale a Europa defender o clima." Por fim, Lula respondeu que "não está difícil fazer esse acordo".
Trump diz que Rússia responderá de forma enérgica à Ucrânia
Donald Trump disse que Vladimir Putin planeja retaliar o ataque ucraniano com drones que destruiu vários bombardeios em território russo no domingo.
"O presidente Putin disse, e de forma muito enérgica, que terá que responder ao recente ataque", disse Trump, após conversa telefônica ontem com o líder russo.
O presidente americano também afirmou que "foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve à paz imediata".
Um porta-voz do Kremlin disse hoje que o Exército russo decidirá "quando e como" responder aos ataques ucranianos.
O presidente russo também conversou ontem, pela primeira vez, com o papa Leão 14.
Segundo o Vaticano, o papa pediu à Rússia "um gesto em favor da paz" e ressaltou "a importância do diálogo na busca de soluções para o conflito".
Israel recupera corpos de dois reféns do Hamas
Benjamin Netanyahu anunciou hoje que soldados israelenses conseguiram recuperar o corpo de dois cidadãos israelense-americanos assassinados no ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 e levados para a Faixa de Gaza.
Seus nomes são Judy Weinstein-Haggai e Gad Haggai. Eles tinham 72 e 70 anos quando foram mortos.
Segundo um comunicado do kibbutz Nir Oz, onde o casal morava, Gadi Haggai era "um homem de espírito dinâmico (...) muito ligado à terra", e sua mulher era uma "professora de inglês especializada em crianças com necessidades especiais".
O ataque do Hamas deixou cerca de 1.200 mortos e 251 pessoas foram sequestradas. Segundo o governo de Israel, 55 continuam em cativeiro, das quais pelo menos 32 morreram.
A ofensiva israelense na Faixa de Gaza, desde então, já matou mais de 54 mil palestinos.
EUA veta resolução da ONU por cessar-fogo em Gaza
Os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo "imediato, incondicional e permanente" na Faixa de Gaza.
O projeto recebeu 14 votos a favor e apenas o dos EUA contra.
Foi a primeira vez que o governo Trump exerceu seu direito de veto no conselho da ONU. O país é o principal aliado, financiador e fornecedor internacional de armas para Israel.
A votação ocorreu em um momento de intensa pressão internacional sobre Israel pelo fim da ofensiva no território palestino.
Ainda ontem, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, classificou as ações recentes de Israel em Gaza como "horríveis, contraproducentes e intoleráveis".
Starmer afirmou que seu governo avalia impor sanções contra autoridades israelenses, mas descartou por ora suspender a venda de armas ao país.
Bulgária entra na zona do euro
A Bulgária deve se tornar o 21º país a adotar o euro como moeda oficial, a partir de 2026. Ontem, a Comissão Europeia anunciou que o país atendeu a todos os critérios exigidos pela legislação.
Ao ar a usar a moeda europeia, a Bulgária também terá sua política monetária definida pelo Banco Central Europeu.
O comissário europeu de Economia, Valdis Dombrovskis, afirmou que este é um "momento histórico para a Bulgária, a zona do euro e a União Europeia". "É claro que o euro é mais do que uma moeda, e aproxima a Bulgária do coração da Europa."
A decisão ocorre em um momento em que o dólar perde valor e tem seu papel de moeda de reserva global colocado em questão.
A Bulgária aderiu à União Europeia em 2007. Outros seis países integrantes do bloco não adotaram a moeda comum: República Tcheca, Hungria, Polônia, Romênia, Suécia e Dinamarca.