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"Não se deixe envenenar mais contra a Venezuela", diz Maduro a Trump

05/06/2025 19h47

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira (5) ao par americano, Donald Trump, que não se deixasse "envenenar mais" com "mentiras" sobre a Venezuela, após Washington decidir, na véspera, restringir a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países, incluindo os venezuelanos.

No decreto, o governo dos Estados Unidos afirmou que a Venezuela "carece de uma autoridade central competente ou cooperativa para emitir aportes ou documentos civis e não conta com medidas adequadas de revisão e verificação".

"Não se deixe envenenar mais contra a Venezuela. Estão te envenenando todos os dias com mentiras", disse Maduro em um ato oficial transmitido pela televisão estatal.

"Estão te enganando (...) E eu saio em defesa da dignidade, da honra e da decência do povo valente da Venezuela e da migração venezuelana nos Estados Unidos", insistiu Maduro, que defendeu os venezuelanos como "gente de bem".

A restrição parcial de entrada se aplica a cidadãos de Cuba, Venezuela, Burundi, Laos, Serra Leoa, Togo e Turcomenistão, e entra em vigor na segunda-feira. No decreto, também foi proibida a entrada de cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.

De maneira geral, a medida proíbe residência, turismo, vistos de estudo e de atividades comerciais, conferências, reuniões e negociações. Atinge migrantes e não migrantes.

Em ambos os casos ? tanto para a proibição quanto para a restrição ?, estão previstas exceções se a procuradora-geral, Pam Bondi, ou o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, considerarem que a viagem de uma pessoa beneficia os interesses nacionais dos Estados Unidos.

"Chega de campanhas de difamação! Chega de mentira!", enfatizou Maduro.

As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela estão rompidas desde 2019. Os governos tiveram uma aproximação em janeiro ado para acordar a deportação de migrantes venezuelanos.

Trump também não reconheceu a reeleição de Maduro em 2024, após denúncias de fraude feitas pela oposição, e cancelou as licenças que seu antecessor, Joe Biden, havia autorizado para que multinacionais petrolíferas operassem na Venezuela em meio ao embargo ao petróleo imposto em 2019.

ba/pgf/nn/am

© Agence -Presse

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