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IOF não tem sentido econômico ao agir sobre o crédito, analisa economista

do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/06/2025 05h30

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não tem sentido econômico ao taxar o crédito, afirmou o economista Samuel Pessôa, pesquisador associado do FGV Ibre, em entrevista ao Poder e Mercado, do Canal UOL.

Com certeza o ideal é acabar com o IOF. É um imposto horroroso. É um imposto sobre crescimento econômico, sobre eficiência. O fato gerador do imposto do IOF é um fato gerador que não tem sentido econômico.

O crédito não é uma operação que deve gerar um imposto. O crédito é feito para que a economia flua melhor, para que a economia seja mais eficiente.
Samuel Pessôa, economista e pesquisador associado do FGV Ibre

Para o economista, o Imposto sobre Operações Financeiras deveria ser um recurso usado apenas em "condições muito especiais".

Então, em princípio, a gente deveria eliminar o IOF. Não sei se tirar da Constituição, mas zerar as alíquotas. O IOF ser colocado em outra circunstância, quando tem uma disfuncionalidade desse ou daquele mercado. Em condições muito especiais, é um imposto regulatório.

Eu diria o seguinte: no mérito, o IOF é muito ruim. Eu costumo dizer o seguinte: IOF e MF só não são piores do que a inflação.
Samuel Pessôa, economista e pesquisador associado do FGV Ibre

O anúncio de medidas alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para equilibrar as contas públicas neste ano só será feito depois da anuência dos líderes dos partidos no Congresso Nacional, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

As medidas foram combinadas em almoço na terça-feira (3) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, David Alcolumbre (União Brasil-AP), além da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

As decisões, porém, ainda serão discutidas com o colégio de líderes em uma reunião no próximo domingo (8).

O Poder e Mercado é exibido terças e quintas, às 20h, com apresentação de Raquel Landim e comentários de Mariana Barbosa e Graciliano Rocha. O programa de política e economia chega para conectar os grandes temas do Congresso Nacional a seus impactos no mercado financeiro e no dia a dia das pessoas.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL. O Canal UOL também está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.

Veja a íntegra do programa:

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