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Futuros de Wall Street recuam após novas ameaças de tarifas sobre metais

02/06/2025 07h50

(Reuters) - Os futuros dos principais índices de Wall Street recuavam nesta segunda-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos para dobrar as tarifas sobre o aço e o alumínio importados, ampliando as preocupações sobre a volatilidade relacionada ao comércio e às tarifas.

Trump disse na sexta-feira que planeja aumentar as tarifas sobre o aço e o alumínio importados de 25% para 50% a partir de quarta-feira, poucas horas depois de acusar a China de violar um acordo.

O aumento das tarifas aprofundaria a guerra comercial global de Trump e diminuiria um pouco o entusiasmo decorrente da suavização de sua postura comercial.

No mês ado, um alívio temporário em algumas taxas sobre a China e uma reversão das ameaças de tarifas acentuadas sobre a União Europeia, junto de balanços sólidos e dados econômicos positivos, ajudaram o S&P 500 a registrar seu melhor desempenho mensal em 18 meses.

Ações de empresas siderúrgicas dos EUA subiam nas negociações pré-abertura, com a Cleveland-Cliffs saltando 26,2%, a Nucor avançando 14,1% e a Steel Dynamics em alta de 13,4%.

"É realmente difícil acompanhar ou prever o que vai acontecer no comércio no momento, e isso antes de levarmos em conta todas as ramificações da decisão do tribunal na quinta-feira ada", disse Jim Reid, chefe global de pesquisa macro e temática do Deutsche Bank, em nota.

Na quinta-feira, um tribunal federal de apelações restabeleceu temporariamente a maioria das tarifas do "Dia da Libertação" de Trump, bloqueadas pela Corte de Comércio Internacional no dia anterior.

"Por enquanto, parece provável que a incerteza tarifária persistirá por um longo tempo, mesmo que ainda estejamos provavelmente além do pico de agressividade da política dos EUA", disse Reid.

O futuro do S&P 500 caía 0,47%, enquanto o contrato futuro do Nasdaq 100 tinha queda de 0,65%, e o futuro do Dow Jones recuava 0,52%.

A maioria das ações de megacaps caíam, com a Tesla liderando as perdas depois de registrar vendas mensais menores em Portugal, Dinamarca e Suécia.

(Por Kanchana Chakravarty em Bengaluru)

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