Muita fila e pouco rigor: a chegada de torcedores para o Mundial nos EUA

Muitos latinos começam a desembarcar nos Estados Unidos para a Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Apesar de enfrentarem fila, torcedores de Botafogo, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Boca Juniors e River Plate — de um modo geral — não têm sofrido no "pente fino" dos agentes na imigração mesmo com toda a crise e rigor do governo Trump com imigrantes.
'O papo durou 30 segundos'
Os repórteres do UOL que escrevem este artigo desembarcaram no país na tarde de hoje. A experiência foi a mesma relatada pelos torcedores ouvidos para a matéria: conversas rápidas e objetivas.
Uma das imigrações foi em Miami. Por lá, há uma presença forte de torcedores do Boca Juniors. A tradicional equipe argentina atuará na cidade duas vezes na fase de grupos da competição: contra o Benfica (POR), dia 16; e diante do Bayern de Munique (ALE), dia 20.
Dezenas de flamenguistas, tricolores e palmeirenses também faziam escala no local. Botafoguenses estavam em um número mais reduzido, principalmente pelo fato de que o Alvinegro atuará em locais mais distantes: Los Angeles e Seattle.
O único problema mesmo foi a fila da imigração que quase fez a gente perder a conexão. Tirando isso, a entrevista durou menos de um minuto
Felipe Cavalcanti, torcedor do Flu que fez imigração em Miami
Já nos aeroportos de Nova York e Nova Jersey havia uma presença maior de torcedores do Fluminense e do Palmeiras. Isso porque ambos os clubes farão jogos na cidade. O Tricolor enfrenta o Borussia Dortmund (ALE), dia 17; e o Ulsan (COR), dia 21. Já o Alviverde encara o Porto, dia 15; e o Al Ahly, dia 19. Todos os jogos acontecerão no Metlife Stadium, em Nova Jersey.
Demoramos muito na fila. Foi uma hora, mais ou menos, de fila. Mas em relação às perguntas, foi bem tranquilo mesmo. Ele perguntou só quanto tempo eu ia ficar, o motivo da viagem e basicamente foi isso. Aí falei que vim para o World Cup Clubs (Copa do Mundo de Clubes) e ele falou: 'club?', e achou que eu ia para a balada (nos EUA, o termo 'club' é utilizado para se referir à boates). Aí perguntou: 'vai para a balada essa hora (risos)?'. O cara foi suave, rapidíssimo, de boa
Renato Magliari, torcedor do Palmeiras que chegou por Nova York
Drones atrasam voo que saiu de São Paulo
Drones que sobrevoaram o aeroporto de Congonhas acabaram atrasando o voo de quem embarcou por São Paulo ontem à noite. Os ageiros precisaram aguardar nas aeronaves até que as pistas fossem novamente liberadas.
Foi bem tranquilo ali. Nem pegamos fila na imigração. O papo durou coisa de 30 segundos, 1 minuto. Só questionaram ali onde eu ia ficar, o motivo da viagem, até quando eu ficaria e quantos dólares eu estava trazendo. E, graças a Deus, todas as respostas foram bem colocadas e cá estamos em Nova York já para curtir esse Mundial. E eu não fiquei sabendo de ninguém com problema, não. Só tive problema para sair do Brasil mesmo, por causa dos drones ali em Guarulhos
Bruno Conte, torcedor do Palmeiras, que chegou por Nova York