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Por que carros autônomos foram alvos de manifestantes em Los Angeles

Carro autônomo da Waymo pega fogo durante protestos anti-Trump em Los Angeles, na Califórnia (EUA) - Mario Tama/Getty Images North America/Getty Images via AFP
Carro autônomo da Waymo pega fogo durante protestos anti-Trump em Los Angeles, na Califórnia (EUA) Imagem: Mario Tama/Getty Images North America/Getty Images via AFP
do UOL

De Tilt*, em São Paulo

09/06/2025 10h23Atualizada em 09/06/2025 10h35

Manifestantes contra a perseguição a imigrantes em Los Angeles, nos EUA, estão colocando fogo em carros autônomos da Waymo (uma subsidiária da Alphabet, a empresa-mãe do Google).

O que aconteceu

Ao menos cinco veículos foram incendiados durante a tarde de ontem. Os manifestantes chamaram os veículos para ruas de Los Angeles e começaram a vandalizá-los - o que levou a Waymo a interromper o serviço na cidade.

Carros autônomos são vistos como representação das Big Techs. Manifestantes consideram os avanços tecnológicos como invasivos. Antes de incendiá-los, vidros dos veículos foram quebrados e foram feitas pichações criticando a política anti-imigração empreendida pela presidência dos EUA.

Manifestantes posam sobre carros autônomos, da Wayme, que foram incendiados em Los Angeles, na Califórnia (EUA) - Ringo Chiu/AFP - Ringo Chiu/AFP
Manifestantes posam sobre carros autônomos, da Wayme, que foram incendiados em Los Angeles, na Califórnia (EUA)
Imagem: Ringo Chiu/AFP

Não é a primeira vez que veículos deste tipo são queimados como forma de protesto. No ano ado, tanto carros da Waymo como da Cruise (ex-divisão da GM de carros autônomos) foram vandalizados na Califórnia. Naquela ocasião, o motivo foi os testes com veículos sem motoristas realizados no Estado, que abriga as maiores empresas de tecnologia do mundo. Além de se sentirem em um "laboratório", manifestantes argumentavam os problemas de segurança desses veículos, que já fecharam vias por mau funcionamento ou causaram um "buzinaço" em San Francisco.

Em março, a Tesla foi alvo de protestos devido à proximidade de Elon Musk com Trump. Lojas e veículos da marca de carro elétrico foram vandalizados ou incendiados em várias partes do mundo.

Por que estão acontecendo protestos em Los Angeles?

Ao assumir a presidência, presidente Trump prometeu deportar número recorde de imigrantes do país. Desde o início de seu governo, o mandatário do país potencializou ações do ICE (órgão de imigração), permitindo agir de forma mais agressiva contra imigrantes sem documentos.

Em Los Angeles, os protestos começam em 6 de junho e desde então têm se intensificado. No dia, o órgão de imigração dos EUA prendeu dezenas de pessoas sem documentos. O crescimento dos protestos fez com que o presidente enviasse a Guarda Nacional para a Califórnia - ação vista como uma provocação pelo governo local, pois tradicionalmente as forças federais só são enviadas com o consentimento do governador.

Manifestante picha lateral de carro autônomo da Waymo, durante protestos contra a perseguição a imigrantes em Los Angeles, nos EUA - Mario Tama/Getty Images North America/Getty Images via AFP - Mario Tama/Getty Images North America/Getty Images via AFP
Manifestante picha lateral de carro autônomo da Waymo, durante protestos contra a perseguição a imigrantes em Los Angeles, nos EUA
Imagem: Mario Tama/Getty Images North America/Getty Images via AFP

Gavin Newsom, governador da Califórnia, classificou violência para conter protestos de "bagunça". Em sua conta no X, Newson diz que Trump enviou tropas para "fabricar caos e violência" e que ação truculenta apenas aumentou o tamanho das manifestações.

O estado da Califórnia é um dos que tem maior população de imigrantes mexicanos dos EUA. Além de fazer fronteira com o país, região tem ligações históricas com o México (território foi adquirido em 1848) e no ado os EUA incentivaram a imigração de trabalhadores mexicanos para a região, entre as décadas de 1940 e 1960.

*Com informações da NBC News e Los Angeles Times

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